Explosão


Um cheiro
Um gosto
Dois corpos
Almas sedentas
Paladares Atentos
Sobram anseios
que percorrem esses corpos
e espalham como fogo
círculos de vontades.
Almas Famintas
Úmidas
Insanas
Ligadas pela pele.
E lá fora a tarde azul espera
a explosão das almas.

O POETA

Vou rir de todo o mundo
quando descobrirem
que o maior louco,
é no fundo,
o poeta rouco
que profana palavras
incendeia mistérios
alimenta-se do fogo etéreo
sai do sério.
O poeta Louco
doente e ainda rouco
declama sonhos
desperta a sandice, a crendice
de torres e igrejas.
O poeta rouco,
alucinado e,
por muito pouco
ainda não se diz louco.

para Paulo Augusto (Poeta de Ouro Preto, MG)

Bolha de sabão

Este não sou eu, mas queria ser uma bolha de sabão.

Elas são livres e vão para onde o vento as tocam.

Não há continentes, montanhas, lagos, oceanos ou desertos que não possam ir.

Apenas ao sabor do vento se deliciam.

E quando se pensa que morrem, não morrem,

explodem-se ...

em um turbilhão de borboletas.

Sem Reações

E todos que estavam ali
pensavam:
- O que estou fazendo aqui?
Mas não saíram do lugar.
Esperavam
calmamente
Aquele vento de loucura passar

Fome




Estou com fome
E este homem
Não mata nada

Sempre por Aqui

Números

© 'A Palavra Certa' - Todos os Direitos Reservados